O Conselho
Europeu reuniu ontem em Bruxelas e, segundo parece, tratou sobretudo dos
problemas ibéricos. Por um lado, expressou solidariedade aos dois países perante
a calamidade dos incêndios florestais, daí resultando que Portugal e a Espanha
irão accionar de forma coordenada o fundo de solidariedade da União Europeia,
na sequência dos grandes incêndios do passado fim-de-semana.
O Conselho
Europeu não tomou posição quanto ao problema da Catalunha por ser um problema
interno da Espanha, mas mostrou um total apoio à política que está a ser
seguida por Mariano Rajoy, com o apoio do PSOE e dos Cyudadanos, afirmando-se a
favor de uma Espanha unida, conforme hoje relata El País.
Significa que, os
aventureiros líderes da Catalunha estão cada vez mais isolados, não só no plano
político, mas também no plano económico e social, pois mais de 900 empresas já
tiraram a sua sede da Catalunha e até a Volkswagen já deu luz verde para a
saída da Seat da região. Com a aplicação do artigo 155 da Constituição
espanhola e a suspensão da autonomia catalã, não tardará a que os efeitos
económicos e sociais da deriva independentista resultante da arrogância, do
populismo e da ausência de estratégia do governo de Carles Puigdemont.
Porém, o problema
catalão está longe de estar resolvido, embora a marcação de eleições possa ser
uma solução que traga serenidade e abra as portas ao diálogo.
A União Europeia
teve uma crise financeira que depois se transformou numa crise económica,
social e migratória, mas atravessa agora a ameaça de alguns governos
extremistas ou xenófobos e está confrontada com o problema espanhol que é
também um problema europeu, porque a Europa tem muitas catalunhas.
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