A última edição
do jornal económico francês La Tribune
publica na sua primeira página a fotografia do gestor português Carlos Tavares
e destaca em título “la méthode Tavares que a sauvé Opel”.
Nas páginas interiores, o jornal inclui um artigo
intitulado “Opel: autópsia de um espectacular salvamento industrial”, no qual salienta que ninguém esperava uma tão rápida recuperação da Opel, uma
marca que desde 2000 até ao Verão de 2017, quando foi vendida pela General
Motors à PSA, tinha perdido cerca de 15 mil milhões de euros. Em entrevista ao
jornal, Carlos Tavares explicou que o plano que aplicou à Opel foi exactamente
o mesmo plano que tinha aplicado na PSA, quando em 2014 assumiu a sua presidência,
isto é, reduzir custos fixos, reduzir custos variáveis e melhorar os preços de
venda para aumentar as receitas. Ora isto é o que está nos mais elementares
livros de Economia e não se percebe como não é aplicado em todas as empresas em
dificuldades, nomeadamente em Portugal.
Porém, Carlos
Tavares esclarece que não tem sido fácil a sua tarefa, pois tem obrigado a
aposentações antecipadas, despedimentos por acordo mútuo e duras negociações
com os sindicatos. Paralelamente, os novos modelos foram adaptados às
necessidades do mercado e as economias de escala entre as diferentes marcas do
grupo têm aumentado, enquanto em menos de um ano, a margem operacional passou
de -2,5% para 5%.
O “milagre” de
Carlos Tavares não passou ao lado do mercado financeiro e na terça-feira, dia
24 de Julho, os títulos da PSA subiram quase 10%.
Que pena não
termos muitos Tavares destes em Portugal…
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