O Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva está em Portugal e a sua presença não pode deixar de ser
um motivo de satisfação para os portugueses, porque ele representa o
país-irmão, ou o país de que estamos mais próximos nos aspectos históricos e
culturais. Hoje, como nunca acontecera antes, há muitos portugueses no Brasil e
muitos brasileiros em Portugal, dando um tom mais fraterno e mais íntimo entre
os dois países que falam a mesma língua.
Porém, nem todos
os portugueses pensam da mesma maneira como se viu na forma agressiva e
desorientada como o deputado Rangel reagiu a esta visita, apenas porque Lula da
Silva e a diplomacia brasileira têm pensamento próprio e apostam num contributo
para que se encontre uma saída para o conflito na Ucrânia, embora no próprio Brasil
também haja quem não perceba a táctica externa de Lula da Silva, como mostra a
última edição da revista IstoÉ. O pequeno Rangel até pareceu
imitar o histerismo de Jens Stoltenberg e, quem
sabe, se não quer vir a ocupar o seu lugar na NATO.
O facto é que os
acontecimentos que se vivem na Ucrânia são muito complexos e são mais profundos
do que a simples ideia, embora verdadeira, de que há um invasor e um invadido.
Na última edição do Eurobarómetro
foram entrevistados 26.468 cidadãos de 27 países da União Europeia (EU) entre
12 de Janeiro e 6 de Fevereiro e verificou-se existir um forte apoio à resposta
da UE à invasão da Ucrânia pela Rússia, com 91% dos inquiridos a concordarem
com a prestação de apoio humanitário e 88% a apoiar o acolhimento na UE de pessoas
que fogem da guerra. O fornecimento de apoio financeiro à Ucrânia é aprovado
por 77% dos cidadãos, enquanto a imposição de sanções económicas aos russos tem
o apoio de 74% dos entrevistados, embora o financiamento da UE para a compra e
fornecimento de equipamento militar para a Ucrânia só tenha o apoio de 65% dos
cidadãos europeus. Por agora, o Eurobarómetro
não perguntou a opinião dos cidadãos europeus sobre o que pensam quanto à forma
de se poder parar com esta guerra e as suas tragédias. Ora essa parece ser uma
aposta de Lula da Silva, que não aposta apenas no interesse brasileiro, mas
também numa fórmula para a paz na Ucrânia.
Bem-vindo a Portugal Presidente Lula da Silva!
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