O líder russo
Vladimir Putin visitou a Coreia do Norte esta semana, tendo sido a primeira
visita que fez ao país nos últimos 24 anos embora, em menos de um ano, tenha
tido um segundo encontro com Kim Jong-un.
Putin foi
recebido na cidade de Pyongyang em festa e como um grande amigo, não lhe faltando
um tapete vermelho e uma grande cerimónia na Praça Kim Il-sung, com banda
militar e danças sincronizadas, como mostra a fotografia publicada pelo The
Guardian. Os dois países são aliados desde o fim da guerra da Coreia
(1950-1953), mas tornaram-se mais próximos desde a intervenção russa na Ucrânia,
que teve o apoio do regime de Kim Jong-un.
A Coreia do Norte
é um importante produtor de armamento e tem seguido uma política militarista, agressiva
e anti-americana, pelo que este encontro entre Putin e Kim Jong-un, causou
natural alarme em Washington e Seul, pois vai muito para além do fornecimento
de armas e munições, constituindo uma aliança estratégica que foi formalizada
num acordo de parceria global já assinado, que prevê a prestação de ajuda mútua
em caso de agressão contra qualquer das partes. Nessa altura, segundo refere a
imprensa, Putin referiu declarações dos Estados Unidos e de outros países da
NATO sobre o fornecimento à Ucrânia de armas de longo
alcance, aviões F-16 e outro armamento para atacar o território russo. Na mesma
linha tem actuado Jens Stoltenberg, o secretário-geral da NATO, que usa e abusa
de um discurso agressivo para o qual ninguém o mandatou.
Portanto, temos a
escalada em marcha. Provavelmente só as eleições
nos Estados Unidos, em França e no Reino Unido poderão mudar o preocupante rumo
dos acontecimentos.
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