terça-feira, 13 de maio de 2025

A Índia e o Paquistão pararam a tempo

Depois de mais de duas semanas de tensão, acusações, ameaças e alguns confrontos entre indianos e paquistaneses na fronteira da Caxemira, foi anunciado um cessar-fogo e o mundo respirou de alívio. Antes, a Índia e o Paquistão estiveram em guerra em 1947-48, 1965, 1971 e 1999, mas nesse tempo ainda não eram potências nucleares…
A Caxemira é uma região situada a noroeste da península do Indostão que está repartida entre a Índia e o Paquistão, com uma pequena parte ocupada pela China, mas desde as suas independências em 1947, que aquelas duas antigas parcelas do Império Britânico estão em conflito e aquela é considerada uma das “mais perigosas fronteiras do mundo”. Então, uma resolução das Nações Unidas decidiu que deveria ser feito um plebiscito para que a população decidisse o seu futuro, mas como nunca foi feito, a Índia incorporou a Caxemira, o que contrariou as pretensões do Paquistão e da maioria da população muçulmana. Houve guerra e a Índia ficou com dois terços do território e o Paquistão com um terço, mas o assunto nunca ficou resolvido e a tensão tem-se mantido.
No dia 22 de abril aconteceu um ataque de um grupo terrorista baseado no Paquistão que fez 26 mortos num local turístico da Caxemira indiana, a que se seguiram trocas de tiros ao longo da LoC (Line of Control). As tensões aumentaram na sequência de ataques aéreos indianos contra alvos militares em território paquistanês, que terão morto 31 civis e ferido 57 paquistaneses. Continuaram as retaliações e, pela primeira vez, as duas potências nucleares rivais dispararam mísseis e lançaram drones. O mundo preocupou-se e até o novo Papa Leão XIV pediu a paz. No dia 10 de maio aconteceu o cessar-fogo e o mundo respirou de alívio. A diplomacia ganhou como escreveu o The Wall Street Journal.

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