O Campeonato do
Mundo de Canoagem Velocidade 2013 terminou ontem na cidade alemã de Duisburg,
tendo registado a participação de 839 atletas oriundos de 75 países. Os canoistas
portugueses Emanuel Silva e João Ribeiro sagraram-se campeões do mundo em k2 500
e, dessa forma, asseguraram o primeiro título mundial na história da canoagem
portuguesa. Não é a primeira vez que, em Campeonatos do Mundo ou Jogos
Olímpicos, os atletas portugueses da canoagem sobem ao pódio, mas foi a
primeira vez que ganharam uma medalha de ouro e esse facto justifica todos os
elogios de quem tem apreço pelo fenómeno desportivo.
Ser-se campeão do
Mundo é um feito desportivo muito raro em Portugal, sobretudo depois das
gloriosas jornadas de hóquei em patins que há muito desapareceram da galeria
dos nossos feitos desportivos. No futebol temos algum reconhecimento
internacional, mas há mais de vinte anos que os nossos futebolistas nada de
importante ganham. Noutras modalidades como o atletismo, a vela ou o judo, as
nossas esperanças raramente se concretizam. Significa que, em termos
desportivos, por razões de ordem muito diversa, não temos grandes feitos para
celebrar, ao contrário do que sucede na nossa vizinha Espanha.
Podíamos
aproveitar o êxito dos nossos campeões de canoagem para estimular o nosso desporto, mas hoje
os nossos jornais desportivos, apesar de darem a notícia da canoagem em
primeira página, deram muito mais espaço ao Bruma que vai para o
Galatasary, ao Jackson que fica no Porto e ao Markovic que é uma estrela do
Benfica. É pena.
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