Ontem, dia 11 de
Novembro, comemorou-se em todo o território dos Estados Unidos o Dia dos
Veteranos de Guerra ou Veterans Day,
um feriado nacional em que se homenageiam aqueles que serviram nas Forças
Armadas Americanas. É um grande dia de exaltação patriótica e de unidade para
os americanos. Por isso, todos os jornais que se publicaram hoje no país,
dedicaram alargadas reportagens às comemorações e quase todos com destaques de
primeira página e muitas fotografias alusivas ao acontecimento. O Veterans Day começou a ser celebrado nos
Estados Unidos em 1947 e com as suas paradas, discursos, romagens e sessões
solenes, enquadradas por marchas militares, bandeiras, uniformes e medalhas,
faz parte da cultura dominante da América.
Aqui em Portugal não
temos essa tradição por razões diversas e complexas, apesar de termos
provavelmente mais de um milhão de antigos combatentes e de já ter havido
algumas tentativas para haver um dia que lhes fosse dedicado e em que os
portugueses os pudessem homenagear, mas essa iniciativa ainda não faz parte da
cultura dominante portuguesa. Assim, já que não temos o nosso Veterans Day e que não há condições para
homenagear aqueles que serviram as Forças Armadas, que ao menos houvesse algum
respeito por elas. Não é isso que faz o governo e a sua rapaziada, em especial,
o ministro branco que, ignorante dessas coisas militares e arrogante por
natureza, as afronta repetidamente com um autoritarismo serôdio, para além de desconhecer
os seus valores, a sua ética e a sua dignidade. É uma triste personagem que não
tem estatuto intelectual nem político para dirigir as nossas Forças Armadas que,
no quadro da NATO, são com toda a justiça respeitadas pela sua competência.
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