O jornal i revela hoje que as empresas
públicas comunicaram o pagamento de prémios de quase 38 milhões de euros em
2012, num ano em que os bónus estiveram suspensos para gestores públicos,
dirigentes de institutos e reguladores, mas este valor está calculado por
defeito porque apenas 55% das empresas responderam ao questionário realizado
pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
Relativamente a suplementos, o montante pago ainda é mais impressionante pois
atingiu 367 milhões de euros, segundo revela a Direcção-Geral do Tesouro e
Finanças (DGTF). Estes valores carecem, naturalmente, de uma análise
pormenorizada que aqui não farei, mas revelam que a obcessão do governo na
questão da convergência das pensões e na poupança de cerca de 380 milhões de
euros (cerca de 0,2% do PIB) é absolutamente ridícula e é um roubo descarado. Um
caso de vingança e de insensibilidade contra os mais fracos e mais
envelhecidos. O governo e os seus ministros deviam ter vergonha pelo mal que
fazem ao país, mas também pelo apoio que dão aos mais fortes e pela perseguição
que fazem aos mais fracos. A mentira tornou-se a regra desta gente e parece
haver dinheiro para alimentar todas as suas vaidades com assessorias,
automóveis e viagens. Se não se trata de pilhagem organizada, parece!
Entretanto,
os jornais também anunciaram que, de acordo com a Direcção-Geral do Orçamento
(DGO), desde 2012 e até ao momento, a troika trazida para o nosso país pela
dupla Passos-Portas com o apoio de Belém, já recebeu quase três mil milhões de
euros em juros e comissões. Os nossos sacrifícios dão para tudo e até para
alimentar os bolsos das comitivas de avaliadores da troika que nos visitam e que à nossa custa “se instalam com vista
para o Parque”. É esta a solidariedade da troika
– FMI, Comissão Europeia de Barroso e BCE de Constâncio e é esta a submissão a
que os nossos governantes não reagem!
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