O governo acaba de disponibilizar na sua plataforma eletrónica o Orçamento Cidadão, uma versão simplificada
do Orçamento do Estado para 2014 que, de forma pedagógica, resume os seus
pontos essenciais em 31 páginas, permitindo saber onde é que o Estado vai
buscar as suas receitas e onde é que vai aplicar o nosso dinheiro. O documento começa
por explicar o que é um orçamento,
como se prepara, como se aprova, quais os documentos que o compõem, como se
monitorizam as receitas e as despesas ao longo do ano, define os critérios ou
cenários utilizados para prever receitas e para fixar despesas e explica as
principais medidas de consolidação orçamental.
O montante global da despesa do
Estado para 2014 é de 75.860 milhões de euros, dos quais cerca de 2/3 representam
gastos com transferências correntes (43,8%), despesas com pessoal (15,1%), juros
e encargos associados (9,9%), compra de bens e serviços na saúde (9,4%) e outras,
enquanto cerca de 1/3 representam gastos nas actividades do Estado,
nomeadamente Educação, Saúde e Justiça. Uma das análises do documento refere-se
às pensões e ao seu peso na despesa pública: as pensões pagas pela CGA e pela Segurança
Social ascendem a 19.240 milhões de euros num total de 2.408.881 pensionistas,
que recebem uma pensão média mensal de 666 euros. Porém, cerca de 80% recebem
uma pensão média de 364 euros, enquanto há 56 pensionistas que recebem uma
pensão média de 16.785 euros.
Outro aspecto tratado no Orçamento Cidadão respeita à dívida do Estado no final de 2013 que é de 211 mil milhões de euros (127,8% do PIB) e às necessidades de financiamento para 2014 que, entre necessidades correntes e dívidas a vencer em 2014, totalizam 52.502 milhões de euros. Dá que pensar e dá para nos interrogarmos sobre como resolver este imbróglio !
Outro aspecto tratado no Orçamento Cidadão respeita à dívida do Estado no final de 2013 que é de 211 mil milhões de euros (127,8% do PIB) e às necessidades de financiamento para 2014 que, entre necessidades correntes e dívidas a vencer em 2014, totalizam 52.502 milhões de euros. Dá que pensar e dá para nos interrogarmos sobre como resolver este imbróglio !
Embora não seja um documento perfeito e ainda deixe muita coisa por
explicar, não há dúvida de que se trata de uma boa iniciativa que contribui
para a transparência orçamental e que vai permitir que muita gente aprenda, a
começar por muitos deputados e comentadores que mostram ser tão ignorantes destas
matérias.
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