Ao 34º dia do
governo interino de Michel Temer, caiu mais um ministro brasileiro. Foi o
terceiro desde que o actual governo entrou em funções e, é caso para dizer, que os escândalos se sucedem. Desta vez foi Henrique
Alves, o Ministro do Turismo, que perante a denúncia de ter recebido a famosa
proprina da Petrobras, decidiu pedir a demissão do seu cargo. Os jornais que
tanto atacaram a Presidente Dilma Rousseff, levando ao seu afastamento e ao
desencadeamento de um processo de impeachment,
parece que estão agora a ver o imbróglio em que ajudaram a meter o Brasil, pois
todos referem a demissão de Henrique Alves e o escândalo internacional que
começa a ser esta novela política brasileira.
A sociedade
brasileira está muito dividida e as consequências dessa divisão podem ser
graves em todos os planos, sobretudo social e económico. Não havendo nenhuma
acusação pela prática de crimes nem por práticas de corrupção, a ideia de que o
afastamento de Dilma Rousseff teve fundamentos golpistas e teve em vista a
tomada do poder por vias não eleitorais, ganha cada vez mais consistência na
Europa. Aparentemente, há largos sectores da sociedade brasileira, uns de esquerda e outros de direita, que estão doentes e que perderam a noção da
grandeza do seu país, usando todos os meios ilegítimos e ilegais para
enriquecerem através de golpes e práticas corruptas. A notícia de hoje da Folha
de S. Paulo aponta para mais este escândalo e para o beco sem saída que
foi criado e, por isso, os brasileiros terão de rapidamente ir às urnas para escolher
quem os governe.
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