Desde que a Generalitat de Catalunya, ou Governo
Autónomo da Catalunha, convocou um referendo para a independência já realizado no dia 1
de Outubro, que a região da Catalunha não sossega, com muita agitação, alguma
desordem pública, inúmeras manifestações a favor e contra a independência e,
sobretudo, com a economia a dar inquietantes sinais recessivos. Os
constitucionalistas lutam por uma Catalunha integrada na Espanha e baseiam-se
no facto da Constituição espanhola de 1978 não permitir votações sobre a
independência de qualquer região espanhola, enquanto os soberanistas invocaram
o direito à autodeterminação e independência da Catalunha para convocar o
referendo, cujos resultados lhes foram favoráveis. Porém, ninguém reconheceu os
resultados desse referendo emocional e o problema continua sem solução à vista.
Carles Puigdemont
continua ausente ou exilado em Bruxelas, enquanto Oriol Junqueras continua na
prisão. O diálogo demora, o separatismo perdeu fôlego mas ainda mostra intransigência e as maiorias silenciosas tendem a revelar-se.
Assim aconteceu no passado
domingo, quando milhares de catalães convocados pela SCC (Sociedade Civil Catalã)
vieram para a rua e reclamaram sensatez aos políticos catalães (seny) e um governo para todos, para
recuperar a normalidade que foi perturbada pela ideia separatista.
Um dos
participantes na manifestação foi o antigo primeiro-ministro francês Manuel
Valls que, sendo natural da Catalunha e falando em catalão, afirmou que “a Europa precisa de uma Espanha
unida” e que o separatismo, ou o procés
como é conhecida a aventura catalã, já estava derrotado.
Na manifestação
integraram-se bandeiras de Espanha, da Catalunha e da União Europeia e muitos
militantes dos principais partidos políticos, destacando-se algumas palavras de
ordem como “Estamos fartos”, ou “Somos Catalunha, somos Espanha”, ou
“Puigdemont para a prisão”.
O jornal
conservador ABC descreveu esta manifestação (em castelhano), tal como o ara
ou o El
Punt Avui descreverão as manifestações soberanistas (em catalão).
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