domingo, 5 de agosto de 2018

O negócio da barbatana de tubarão

A  expansão da economia chinesa e a elevação da qualidade de vida na China criaram uma nova classe de consumidores e novos hábitos de consumo, assim acontecendo em relação à procura da barbatana de tubarão, que é uma iguaria muito apreciada pelos chineses e que é servida em restaurantes caros ou em requintados banquetes e que, em períodos de escassez, é vendida a um preço superior ao da heroína.
Segundo uma reportagem hoje publicada na edição do Miami Herald, calcula-se que dezenas de milhões de tubarões são pescados anualmente de forma ilegal em todos os oceanos do planeta e alguns cientistas estimam que esse número possa ser superior a 100 milhões. A área marítima mais procurada para a pesca furtiva ao tubarão é o Pacífico Oriental e, em especial, as águas que vão desde El Salvador ao Equador, pois é uma região oceânica muito favorável à cadeia alimentar do tubarão. Alguns países, como a Costa Rica, o Panamá, a Colômbia e o Equador já tomaram medidas para limitar essa pesca e para combater a pesca furtiva que está a fazer perigar a espécie, mas parece que nesta “guerra” são os cartéis que estão a ganhar.
O jornal conta a história do navio Fu Yuan Yu Leng 999 que no ano passado foi apreendido nas ilhas Galápagos pela Marinha do Equador, quando encontrou uma carga de 150 toneladas de tubarão, correspondentes a cerca de 6 mil peixes, apenas para realizar o seu maior valor comercial: as barbatanas. Para os naturalistas foi uma grande vitória mas não passou de uma “batalha” ganha, porque a "guerra" decorre a favor do negócio da barbatana de tubarão, no qual entra muita gente e que está cada vez mais florescente.

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