Ontem a cidade de
Barcelona participou na grande manifestação da Diada, que é o dia nacional da
Catalunha e celebra a queda da cidade em 1714, durante a Guerra da Sucessão.
Por isso, a manifestação começa sempre às 17 horas e 14 minutos. Os catalães foram
mobilizados pelas organizações independentistas e afirma-se que cerca de um
milhão de pessoas encheram as ruas de Barcelona e participaram na Diada, muitas
delas transportadas do interior em mais de mil autocarros.
A Diada foi um
sucesso para os organizadores e foi pacífica, mas reivindicativa, centrando-se
na libertação dos presos, na criação da república catalã e no independentismo. As
fotografias publicadas pela imprensa são impressionantes, como se vê na capa do
La
Vanguardia, em que a enorme quantidade das bandeiras mostra que a
organização as distribuiu eficazmente ou que a cena foi bem encenada para os media.
A generalidade
dos observadores refere que a manifestação serviu para unir e elevar a moral do independentismo que tem
andado desorientado e desmobilizado, oscilando entre as posições dos moderados
e dos radicais, ou entre aqueles que entendem que deve ser mantido e reforçado
o diálogo com o governo de Madrid e aqueles que não acreditam no diálogo e
querem trazer o problema para a rua.
No dia 27 de
Outubro perfaz-se um ano desde a polémica declaração de independência de Carles
Puigdemont e há quem acredite que esse dia está a ser preparado para ser um dia
de confronto ou o início de um Outono agitado nas ruas de Barcelona.
Porém, o que é
mais relevante é que a Catalunha permanece dividida ao meio, o que coloca o independentismo numa posição de fraqueza, por mais
impressionantes que sejam as imagens da manifestação.
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