O nosso mundo
está em ebulição e há focos de contestação por todo o nosso planeta, que está
mais instável e mais perigoso do que nunca, como escreve na sua edição de hoje o jornal
Le
Parisien.
De facto, o
protesto violento e o vandalismo estão a acontecer do Chile ao Líbano, de Hong
Kong à Catalunha, mas também na Argélia, no Reino Unido, na Venezuela, no Iémen
e na fronteira entre a Turquia e a Síria, além de outros locais.
Há trinta anos
também aconteceu mais ou menos o mesmo fenómeno de contestação, quando o vento
da liberdade soprou na praça de Tian'anmen, fez cair o muro de Berlim e acabou
com a cortina de ferro que Stalin tinha criado em torno da URSS. Porém,
passados esses trinta anos, quando o mundo está a atingir níveis de
prosperidade muito elevados, as ondas de contestação e a violência que lhe está associada são
surpreendentes.
Hoje, perante as
imagens que nos chegam de todas as longitudes, vemos que o mundo está realmente
em ebulição, proliferando as revoltas populares nascidas dos mais diferentes
pretextos e que provocam a instabilidade, a incerteza e o caos. As pessoas não
compreendem o que realmente se passa e assustam-se com uma situação que começa
a ficar fora do controlo das autoridades nacionais. O jornal Le
Parisien indica e caracteriza os 16 países em que actualmente há
conflitos sociais, políticos ou militares e procura algumas respostas. Embora
os pretextos para a revolta sejam diversos, uns mais compreensíveis que outros,
parecem ser a velocidade de circulação da informação e a difusão de imagens
icónicas, que geram o contágio do protesto em diferentes pontos do mundo e a adopção das
praxis de violência e de vandalismo, tornando a mundialização da revolta muito
mais rápida.
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