As cenas que
ontem nos foram mostradas em directo pelas televisões pareciam vir de uma república
das bananas ou ser cenas de um qualquer filme histórico sobre a tomada da
Bastilha em Paris no ano de 1789 ou o assalto ao Palácio de Inverno em
Petrogrado no ano de 1917. Aquilo não poderia passar-se nos Estados Unidos, mas
de facto tratava-se da invasão do Capitólio, o simbólico edifício que na cidade de
Washington aloja o Congresso, isto é, as duas câmaras constitucionais - o
Senado e a Câmara dos Representantes. É, portanto, a sede da Democracia
americana.
Ontem decorria a
sessão presidida pelo vice-presidente Mike Pence, para confirmar os resultados
eleitorais de 3 de Novembro passado, quando algumas centenas de desordeiros
encorajados por Donald Trump invadiram o Capitólio, supostamente para impedir
os trabalhos do Congresso. As cenas que vimos em directo mostravam um clima
insurrecional que envergonha a América e faz rir o mundo. Houve quatro mortos e
52 pessoas foram detidas. Só depois o Congresso recomeçou os seus trabalhos, tendo formalmente declarado a vitória de Joe Biden e de Kamala Harris.
Donald Trump perdeu
mais uma tentativa para reverter a sua derrota eleitoral e continua a mostrar
evidentes sintomas de demência ao não querer deixar a Casa Branca. O Partido
Republicano e o seu vice-presidente abandonaram-no. As redes sociais
suspenderam-lhe as contas. Muitas personalidades como Obama e George W. Bush condenaram-no e nem uma só voz respeitável apareceu a defendê-lo. Não se sabe se chegou a
perguntar se Washington já estava a arder, mas o que se passou coloca Donald
Trump numa galeria de gente que não merece o respeito de ninguém, tanto na América
como no mundo.
Nas evidentes e mais que lamentáveis verdades que aqui se referem, uma palavra há que ressalta com toda a sua crueza como seta a acertar bem no centro do alvo: DEMÊNCIA!
ResponderEliminarInacreditável ... o que mais irá acontecer?
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