A edição de hoje
do jornal O Estado de S. Paulo escreve que o “Brasil enfrenta sua maior
crise sanitária” e esse título, juntamente com a palavra colapso, perturbam e entristecem os leitores, sobretudo aqueles que
estão do lado de cá do Atlântico e que consideram, pela história, pela língua e
por laços familiares, que o Brasil ainda é uma espécie de Portugal dos trópicos.
Ao fim de um ano
de pandemia, torna-se evidente que a gestão da crise sanitária brasileira tem
sido uma sucessão de erros, como atesta o facto de ter sido empossado o 4º Ministro
da Saúde do Brasil, o que parece demonstrar que os três ministros anteriores não
suportaram a ignorância e a irresponsabilidade de quem os dirigia, isto é, fartaram-se
do presidente Jair Bolsonaro, o tal que falou em gripezinha.
Acontece que, depois
dos Estados Unidos, o Brasil é o país onde ocorreram mais óbitos causados pelo covid-19. Estão contabilizados 284.775 óbitos
e, nos últimos tempos, a sua média diária supera largamente os dois milhares. É
uma tragédia e a imprensa brasileira utiliza as palavras agravamento, catástrofe,
colapso da saúde, fora de controlo e recorde de casos, entre outras, para
descrever a triste realidade de um país que não aprendeu que com as máscaras, o
distanciamento social e o confinamento se podia evitar o pior. O prestígio
internacional do Brasil está em jogo e, segundo o jornal paulista, há 108 países
que barram a entrada a cidadãos brasileiros.
É evidente que Jair Bolsonaro não
merece respeito nenhum e que os brasileiros saberão despachar o fanfarrão-fantoche que tão mal os representa.
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