O Partido
Comunista Chinês (PCC) festejou ontem 100 anos de idade e houve festa grande na
praça de Tiananmen, com um longo discurso de Xi Jinping que apareceu vestido
com a túnica cinzenta popularizada por Mao Tsé-tung, o fundador do partido.
“A China tem 5000
anos e durará outros 5000”, diz um popular slogan
que as autoridades têm repetido nas últimas semanas como preparação para os
festejos. Ao fim de 72 anos no poder conquistado depois de uma longa guerra
civil, o PCC evoluiu e transformou a China, mas conserva a fotografia de Mao à
entrada da Cidade Proibida, em frente da praça Tiananmen, certamente para
lembrar que a China privilegia as mudanças que conduzem ao progresso, mas continua
fiel à herança política do PCC e do seu fundador. Foi aí nesse simbólico local que,
de pé e junto à fotografia de Mao Tsé-tung, o secretário-geral Xi Jinping falou
aos seus militantes, ao país e ao mundo.
Xi Jinping lembrou as conquistas do passado, elogiou os
sucessos do presente que permitiram retirar da pobreza muitos milhões de
chineses e estabeleceu metas para o futuro, entre as quais a "missão
histórica" da reunificação com Taiwan, a ilha que é considerada uma
província separatista da República Popular da China. No seu discurso deixou um
claro aviso para o mundo ao afirmar que "nunca vamos permitir que qualquer
força estrangeira nos oprima ou subjugue", acrescentando que as potências estrangeiras que tentarem intimidar ou influenciar o país
vão entrar em rota de colisão “com uma parede de aço" de 1,4 mil milhões
de pessoas.
O discurso de Xi Jinping teve larga difusão na imprensa mundial e, em
Macau, o jornal hoje macau dedicou-lhe a sua primeira página com o título “o
século da China”. É nesse sentido que aponta a futurologia.
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