A independência do Brasil e a sua separação do
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi um processo que decorreu entre
1821 e 1825, mas que terá como data mais simbólica o dia 7 de Setembro de 1821,
quando o príncipe Dom Pedro, o regente que governava o Brasil em nome do seu
pai D. João VI que regressara a Lisboa, terá dado o grito do Ipiranga: "É
tempo! Independência ou Morte! Estamos separados de Portugal!".
Essa data é uma das mais importantes da História do
Brasil e ontem festejavam-se os 199 anos da sua independência.
Num tempo de grande perturbação política, de
dificuldades económicas e de crescente contestação ao presidente do Brasil, podia
ter sido um dia de apelo à unidade nacional e de incentivo para ultrapassar as
dificuldades, mas Jair Bolsonaro aproveitou a data e com a ajuda das igrejas
evangélicas, mobilizou a população nas grandes cidades, tratou de atacar o
Supremo Tribunal Federal e afirmou não acatar as decisões judiciais. Tal como o
energúmeno Donald Trump que incitou os seus apoiantes a invadir o Capitólio,
também o desvairado Bolsonaro incitou as massas populares à desobediência. Porém,
a impressionante onda verde e amarelo de gente instrumentalizada que encheu as
ruas e que as televisões mostraram, também revelou o desespero do Jair pela queda
da sua popularidade, pelo abandono dos seus aliados e pelo cerco que a Justiça
lhe está a montar. Amedrontado, veio dizer que só sai “preso, morto ou com vitória”
e afirmar que “jamais serei preso”, colocando-se acima da Constituição e do
povo brasileiro. Um perigo!
No mesmo dia circulou nas redes sociais uma
mensagem do ex-presidente Lula da Silva alusiva ao 7 de Setembro, que vale a
pena ser vista em https://fb.watch/7T5Z54C_2d/.
Que belo discurso e que sensatez. Costuma dizer-se que o Brasil está dividido, mas
isso não é necessariamente um problema. A Democracia é sempre isso, uma escolha
entre duas ou mais opções, mas quando se fala em Bolsonaro e Lula como opções
presidenciais, até dá vontade de rir...
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