A aviação comercial
foi uma das actividades mais afectadas pela crise pandémica e pelo consequente
abrandamento da economia e do turismo, mas os resultados anunciados pelo
fabricante europeu Airbus, relativos aos primeiros nove meses do ano, causaram uma
onda de entusiasmo. A empresa que tem sede em Toulouse anunciou um montante de
2,6 mil milhões de euros de lucro nos primeiros nove meses do corrente ano e este resultado financeiro resulta do
incremento das suas principais variáveis de gestão: as entregas e as encomendas
de novas aeronaves. São números que anunciam a boa convalescença da empresa,
como escreveu o jornal La Dépêche du Midi que se publica em
Toulouse.
Em 2020 a empresa
entregara 566 aviões, quando no ano anterior entregara 863, o que representou
uma quebra de 34%. Nos primeiros nove meses do corrente ano já foram entregues
424 aviões, quando no mesmo período do ano passado tinham sido entregues 341, o
que significa uma melhoria de 24%, esperando-se que até ao fim do ano sejam
entregues seiscentas unidades. Neste quadro, as previsões da empresa já apontam
para que a normalidade aconteça até 2024, mas para isso será necessário
acelerar a produção, até porque há 5600 aviões A320 com a entrega atrasada.
A estratégia
seguida por Guillaume Faury, que desde 2019 é o CEO do Grupo Airbus, pretende voltar
a tornar a Airbus o maior fabricante aeronáutico mundial, aproveitando os
problemas que perseguem a Boeing, designadamente a segurança do 737 Max e as
dificuldades técnicas do 787 Dreamliner.
Portanto, após a
crise, aí está a descolagem da Airbus, como titula hoje o La Dépêche du Midi.
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