Joe Biden tomou
posse no dia 20 de Janeiro de 2021 como o 46º presidente dos Estados Unidos, depois
de um desgastante processo resultante das atitudes de Donald Trump, o seu
antecessor que se recusou a aceitar a derrota eleitoral.
Ontem, por
ocasião do primeiro ano do seu mandato, o presidente Joe Biden falou aos
americanos e, para além das questões da política e da economia internas, nomeadamente
o combate à covid-19 e à inflação, falou
da retirada do Afeganistão e dedicou largo tempo à situação na Ucrânia.
Sobre a Ucrânia,
em cuja parte leste, ou Donbass, ocorrem situações de insurreição ou de guerra
civil desde há vários anos e onde os insurgentes pró-russos já proclamaram a
República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk, a tensão é alta
e há tropas russas na fronteira prontas para intervir. O presidente Biden disse
acreditar que os russos “vão avançar” (ou move
in, segundo as suas próprias palavras), porque querem testar os Estados
Unidos e a NATO, embora repetindo que se eles se decidirem por uma invasão do
território ucraniano, pagarão um preço muito elevado. Porém, Biden deixou claro
que existem dúvidas no seio da NATO quanto à resposta a dar a uma eventual
iniciativa russa, que tanto pode ser uma invasão militar mais ou menos clássica,
como uma pequena incursão, ou traduzir-se apenas por acções de destabilização
provocadas por agentes russos paramilitares infiltrados, em que os russos
parecem ser especialistas.
A Ucrânia é um
grande país de cerca de 600 mil quilómetros quadrados e 45 milhões de
habitantes, em que a sua parte ocidental quer ligações à União Europeia e a sua
parte oriental quer ter ligações com a Rússia. É o território onde a NATO e a Rússia
mais disputam influências e alimentam rivalidades.
Hoje o The
Jersey Journal que se publica em Secaucus, uma cidade do estado de Nova
Jersey destaca, como nenhum outro jornal americano, as declarações de Joe Biden que, segundo um diplomata ucraniano “dão
luz verde a Putin para entrar na Ucrânia”. Eles podiam continuar a conversar mas,
lamentavelmente, as coisas estão a seguir outro caminho.
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