quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Emmanuel Macron pequenino e tão vulgar

Após dois anos de guerra na Ucrânia e numa altura em que o Papa Francisco pede uma “solução diplomática em busca de uma paz justa e duradoura”, o presidente francês Emmanuel Macron decidiu convidar “os aliados da Ucrânia” para se reunirem em Paris, numa cimeira destinada a garantir a derrota da Rússia. Quando os Estados Unidos parecem cada vez mais afastar-se do conflito ucraniano, o presidente Macron decidiu “pôr-se em bicos de pés”, afirmando que “nous ferons tout ce qu’il faut pour que la Russie ne puisse pas gagnar cette guerre”, tendo anunciado novos fornecimentos de armas ao regime de Kiev e recusado excluir o envio de tropas ocidentais no futuro. 
"Escolheu a escalada", com hoje refere um jornal francês. Esta declaração feita perante duas dezenas de chefes de estado e de governo causou um “choque eléctrico” e deixou Macron isolado, como hoje noticia o jornal Le Figaro e outros jornais franceses. Numa sondagem online que está activa no jornal La Dépêche du Midi, verifica-se que 90% dos franceses criticam esta posição “imprudente” e solitária de Macron, enquanto Joe Biden, Olaf Scholz e vários líderes europeus se demarcaram destas declarações, recusando o envio das suas tropas para o teatro de guerra ucraniano.
Perante as trágicas imagens que diariamente nos chegam da guerra e da catástrofe humanitária que está criada na Ucrânia, o senhor Macron deveria imaginar soluções para poupar o sacrifício dos ucranianos, em vez de “lançar gasolina para a fogueira”, até porque parece ignorar a grave situação que lhe está a bater à porta, de que são exemplo as manifestações dos agricultores europeus em mais de uma dezena de países e em várias cidades como Bruxelas, Varsóvia, Paris ou Madrid.
Em vez de dirigentes excepcionais de que a Europa tanto precisa, vemos Emmanuel Macron a revelar-se como um homem pequenino, vulgar e com um estatuto que até envergonha os franceses.

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