Nos conflitos que
actualmente estão a devastar a Ucrânia e a Faixa de Gaza têm acontecido alguns
excessos que violam as leis da guerra e constituem violações dos direitos
humanos, o que é de lamentar mas que é normal acontecer em todas as guerras. Daí
que surjam as frequentes acusações de crimes de guerra, fundamentadas ou não
fundamentadas, embora muitas delas se enquadrem nas políticas de propaganda
para atacar o adversário. Porém, no caso do conflito da Ucrânia e apesar de até
haver ameaças nucleares, parece haver alguma contenção, ou um quase acordo de
cavalheiros, parecendo estar assumidas algumas linhas vermelhas pelos
contendores. Em relação ao conflito na Faixa de Gaza a situação é bem
diferente, com os israelitas a ser condenados universalmente pela violência com
que estão a punir o povo palestiniano, com quotidianos massacres, com a
destruição das suas cidades e com a política de genocídio que estão a conduzir.
Os israelitas nunca
respeitaram as resoluções condenatórias das Nações Unidas e, nesta altura em
que são governados por Benjamin Netanyahu e pelos seus aliados da
extrema-direita radical, decidiram atacar o consulado do Irão em Damasco, a
capital da Síria. Antes, já a aviação israelita voava sobre o Líbano e a Síria,
atacando o grupo armado libanês Hezbollah e os Guardas da Revolução Iraniana,
ambos aliados do presidente sírio Bashar al-Assad, o que nada prenunciava de
bom.
O ataque israelita
a uma instalação diplomática iraniana, tal como o ataque a trabalhadores humanitários em Gaza, foram demasiado graves e significam uma
escalada na conflitualidade no Médio Oriente, pelo que o Irão tratou de
anunciar que este ataque “não ficará sem resposta”. O caso é muito sério e
poucos jornais o analisaram. O jornal londrino The Times foi uma
excepção.
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