terça-feira, 23 de setembro de 2025

Portugal reconheceu o Estado da Palestina

Finalmente, depois de tantas hesitações, Portugal reconheceu o Estado da Palestina e passou a estar incluído no grupo de 157 países-membros das Nações Unidas que o reconhecem e que correspondem a 81,3% do seu plenário, como foi noticiado pelo jornal Público
Foi preciso que o território de Gaza fosse destruído pela desumanidade dessa figura verdadeiramente sinistra que é Benjamin Netanyahu, que tivessem sido mortas cerca de 65 mil pessoas e que cerca de dois milhões de palestinianos estejam a ser massacrados pela guerra e pela fome, para que o governo português tivesse reconhecido a Palestina. Porém, mais vale tarde que nunca e, por isso, esta decisão deve ser saudada.
O reconhecimento de um país por outro resulta da visão que este país tem da real situação do outro, isto é, se tem uma população permanente, se tem fronteiras territoriais bem definidas, se tem um governo efectivo e se tem uma organização política que assegure os direitos fundamentais dos cidadãos, a separação de poderes e a estabilidade social. Não é seguro que a Palestina cumpra todos esses critérios, até porque tem uma parte do seu território ocupado ou destruído por Israel, com os seus extremistas a praticar uma agressiva política de genocídio em Gaza, que constitui uma das maiores crueldades da história recente da Humanidade. 
Por isso, vários países como o Reino Unido, a França, o Canadá, a Austrália e Portugal, entre outros, cada dia mais pressionados pelas suas opiniões públicas e rendidos às evidências do cruel massacre do povo palestiniano e da violação dos seus direitos humanos, reconheceram a Palestina num acto simbólico, mas também num apelo para que Israel termine com a sua agressão desproporcionada e criminosa ao povo palestiniano. 
Porém, como se vê diariamente nas nossas televisões, o lobby israelita está activo e há quem, não tendo vergonha nem dignidade nenhuma, defenda a crueldade, a violência e a desumanidade de Netanyahu e dos seus seguidores. Se essa gente soubesse o que é a guerra e o sofrimento que provoca, teria certamente outra opinião.

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