sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Espanha ameaçada com expulsão da NATO

Quando em Janeiro deste ano Donald Trump chegou à Casa Branca com a sua divisa Make America Great Again, os vectores da sua acção governativa centraram-se na economia, que é o motor que gera os empregos, os salários e todos os outros rendimentos que alimentam materialmente o American Way of Life e conquistam o eleitorado.
Esta filosofia política do presidente Donald é alimentada pela sua própria personalidade narcisista e pela sua condição de empresário de sucesso, que faz com que trate todos os assuntos internos e internacionais americanos como um negócio. Assim, imagina-se que as decisões do presidente não assentam no direito internacional, na diplomacia, na política, ou na cultura, mas resultam apenas de análises custo-benefício, ou por outras palavras, na ponderação dos milhões que poderão ser facturados.
Nesse contexto, a ideia de pressionar os países da NATO para aumentar a despesa em Defesa, passando-a de 2% para 5% do PIB, embora seja enquadrada pela potencial ameaça russa ao flanco Leste dos países da NATO, é um objectivo para os Estados Unidos como forma de dinamizar as suas indústrias de Defesa. O caso do avião Lockheed Martin F-35, cujo custo unitário é superior a 100 milhões de dólares e cuja produção emprega 146.000 pessoas, é o símbolo maior da necessidade americana de vender material de guerra, que é o que pretende Donald Trump.
Lembremos a famosa cena de sabujice desse lambe-botas que é Mark Rutte, o secretário-geral da NATO, quando disse para Trump e em directo na televisão, que “a Europa vai pagar em grande, como deve, e vai ser uma vitória sua”.
Hoje, o jornal espanhol El Mundo dá a notícia: ignorando que a Espanha é um país soberano, Donald Trump veio exigir que eleve os seus gastos militares para 5% do PIB e sugeriu a sua expulsão da NATO, se não cumprir com esse diktat. Simplesmente inacreditável, talvez mesmo ridículo.
O Donald é mesmo um grande fanfarrão!

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