sexta-feira, 10 de outubro de 2025

A paz em Gaza que todo o mundo deseja

Finalmente, parece que todas as partes, directa ou indirectamente envolvidas na guerra de Gaza, chegaram a um acordo de cessar-fogo e abriram um caminho para a paz que vai ser muito difícil, porque a conflitualidade israelo-palestina tem raízes muito antigas e muito profundas.
Porém, o passo dado é muito animador e todo o mundo o saúda com algum alívio. Estava a ser “uma loucura de guerra” como diz hoje o jornal ABC, um cruel genocídio e uma destruição que só lembrava Hiroshima.
Para haver paz, não pode haver vencedores nem vencidos, em nome da dignidade dos povos e do futuro. A maioria dos palestinianos e dos israelitas não concorda com os extremismos de Netanyahu, nem com os do Hamas e, por isso, ambos festejam com alegria porque não quiseram a guerra e querem a paz, o progresso, a tolerância e o bem-estar para as suas comunidades e para as suas famílias.
Num balanço muito simples, os israelitas perderam 1.200 pessoas no ataque do Hamas de 7 de Outubro de 2023, mas os palestinianos perderam 67.000 pessoas durante os dois anos em que o seu território foi massacrado. Agora o mundo respira e espera que os arquitectos do cessar-fogo sejam também os arquitectos da paz e de um futuro melhor para o Médio Oriente, onde os estados de Israel e da Palestina possam coabitar, progredir e cooperar pacificamente para a felicidade das suas populações.
É um caminho difícil mas é o que tem que ser percorrido com equilíbrio e firmeza.
Nestas últimas horas, as nossas televisões encheram-se de comentadores e de especialistas, mas enquanto alguns se moderam e elogiam o cessar-fogo e a paz que se aproxima, ainda aparecem alguns amigos de Netanyahu, que continuam agarrados à sua lógica belicista e destruidora, afirmando com arrogância que Israel ganhou esta guerra. São víboras disfarçadas de comentadores que não deviam ter espaços televisivos. Como dizia a minha santa Mãe: raios os partam...

1 comentário:

  1. Sei que estou a ser um pouco pessimista, mas alinho com o S. Tomé, porque a letra dos tratados e sobretudo a sua interpretação pode fazer-se em vários sentidos. E o PM de Israel só cumprirá o que não fôr a favor dele se a isso fôr obrigado. E só conheço um, que também não inspira uma confiança credível, que o pode fazer.

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