A República do Mali é um país africano que se tornou independente da França em 1960, que tem cerca de 12 milhões de habitantes e a cidade de Bamako por capital. Tem uma área que é cerca de 14 vezes maior do que Portugal, fronteiras terrestres com 7 países e não tem saída para o mar. É um dos maiores países do continente africano, embora uma grande parte do país ocupe o sul do deserto do Saara, mas tem importantes recursos naturais explorados sobretudo por interesses franceses, pelo que nele residem alguns milhares de cidadãos franceses.
Nos últimos anos o país tem sido afectado por alguns golpes de Estado, o último dos quais aconteceu em Março de 2012 e levou Dioncunda Traoré ao poder. Acontece que muitos milicianos tuaregues que participaram das lutas na Líbia em defesa de Coronel Kadafi regressaram ao país muito bem equipados com o armamento que lhes tinha sido fornecido e fundaram um movimento (o MNLA) com o objectivo de proclamar a independência do Azawad ou Norte do Mali. Com o mesmo objectivo, um grupo radical islâmico ligado à Al Qaeda (o Ansar Dine), também invadiu a região. Estes grupos e alguns outros de menor expressão, têm combatido o exército regular do Mali e ameaçam tomar a capital e a totalidade do território do país. Perante essa ameaça à estabilidade do país e da região, o Presidente Traoré pediu ajuda militar à França com base nos laços históricos entre os dois países e o governo de François Hollande não hesitou. Foi lançada a operação “Serval” e, desde há alguns dias, que a aviação francesa e algumas centenas de soldados entraram em combate no Mali, numa acção que tem recebido o apoio dos franceses, das Nações Unidas e da comunidade internacional. É a guerra do Mali e, depois dos ataques franceses, os jihadistas ameaçaram retaliar e atingir "o coração da França”, bem como os cidadãos franceses em todo o mundo. A opinião pública francesa está inquieta por esta ameaça, mas também porque este tipo de intervenção militar pode eternizar-se e transformar-se num atoleiro do “tipo vietnam”.
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