Ficou registado na
História como o Dia D e aconteceu há 70 anos, no dia 6 de Junho de 1944. A
literatura e o cinema elegeram-no como “o dia mais longo” e como um dos seus
temas preferidos, que continua a suscitar o interesse dos estudiosos da Segunda
Guerra Mundial. Tratou-se da maior invasão anfíbia de todos os tempos, na qual
estiveram envolvidos mais de cinco mil navios que, só nesse dia, desembarcaram
160 mil homens e todo o apoio logístico de que necessitavam, numa frente de
desembarque de mais de 80 quilómetros nas costas francesas da Normandia. A complexa
invasão das forças aliadas, sobretudo americanas, inglesas e canadianas, foi
designada por operação Overlord e a
ela estiveram ligados importantes comandantes aliados como Eisenhower,
Montgomery e Bradley, mas também, do outro lado, Von Rundstedt e Rommel. A
guerra avassalava a Europa desde 1939, mas a partir desse dia alterou-se a correlação de forças e iniciou-se a
libertação da França ocupada pelos nazis e a caminhada militar das forças
aliadas em direcção à Alemanha. Um ano depois, a Alemanha nazi sucumbia e Berlim era ocupada.
Hoje, 19 chefes
de Estado, entre os quais Obama, Putin, Isabel II e Hollande, evocarão esse dia
em diversas cerimónias em que ainda participarão 1800 veteranos de guerra. A
imprensa francesa associa-se a esta efeméride e Le Figaro destaca que o
mundo festeja a liberdade, pois esse dia representou o princípio do fim do
nazismo, de Adolf Hitler e do III Reich de tão horrível memória.
Nos tempos
conturbados por que passamos, a celebração desta efeméride tem a virtualidade
de a todos recordar o que foram os horrores daquela guerra, mas também da
necessidade de hoje assegurar entendimentos que preservem a paz. Bom seria que se lembrassem do que fizeram, ou não fizeram, por exemplo na Líbia, na Síria ou na Ucrânia.
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