O canal do Faial separa as ilhas do Faial
e do Pico e ficou celebrizado nas palavras de Vitorino Nemésio, o autor do romance Mau tempo no canal. Qualquer viajante
que atravesse aquelas três milhas do canal, da ilha do Faial para a ilha do
Pico ou da ilha do Pico para a ilha do Faial, nem sempre encontra o mar sereno,
mas tem sempre uma paisagem marítima deslumbrante: de um lado a montanha do
Pico e do outro lado a baía orlada de morros vulcânicos e a graciosidade da cidade da Horta, pequena e bela, com o seu
casario branco descendo pela encosta até ao mar.
Recentemente, já próximo do crepúsculo
vespertino, estava sentado no internacionalmente famoso Cella Bar - que já é um ex-libris da ilha do Pico - e tratei de fotografar o canal com o meu Samsung, com os ilhéus da Madalena em
primeiro plano e com o Monte da Guia e o Monte Queimado em segundo plano. São três cones vulcânicos que, no seu conjunto, constituem um dos mais expressivos quadros da paisagem marítima açoriana. Não
sei se é uma fotografia de artista, mas agrada-me e por isso a partilho com os meus leitores nesta Rua dos Navegantes.
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