domingo, 29 de dezembro de 2019

O futebol e os treinadores portugueses

O diário francês L’Équipe anuncia hoje o despedimento do treinador da equipa de futebol da Association Sportive de Monaco Football Club, conhecida simplesmente como Mónaco. Esse treinador era o português Leonardo Jardim. 
Jardim tem um palmarés futebolístico notável pois já foi campeão na Grécia e em França, mas a escassez de vitórias no clube monegasco ditaram o seu despedimento. No turbulento mundo do futebol os diversos interesses em presença, incluindo os adeptos, os patrocinadores, os investidores e muitos outros agentes que se movem nesse circo, exigem vitórias às suas equipas e quando elas não acontecem os treinadores são despedidos, embora quase sempre com chorudas indemnizações. Curiosamente, embora de sinal contrário, também um jornal brasileiro anuncia hoje a contratação do treinador português Jesualdo Ferreira, o que mostra que a vida dos treinadores de futebol é um corrupio de instabilidade entre contratações e despedimentos, ou entre entradas e saídas.
Porém, estes dois casos recordam-nos que os treinadores de futebol portugueses estão na moda e são contratados um pouco por todo o mundo. Tanto quanto julgo saber há treinadores portugueses em França, na Inglaterra, na Itália, na Grécia, na Eslováquia, na Lituânia e na Ucrânia, mas também no Brasil, no México e  na Colômbia. Depois, também encontramos treinadores de futebol portugueses na China e na Coreia do Sul, na Arábia Saudita e no Qatar e, ainda, em Moçambique, Cabo Verde, Camarões e Argélia. Portanto, há pelo menos 18 países onde trabalham treinadores de futebol portugueses de primeiro plano. 
É claro que Portugal goza hoje de uma mais notoriedade e melhor imagem nos países onde estes treinadores trabalham e, naturalmente, também se espera que a economia portuguesa tire algum proveito da eventual importação de capitais, como contrapartida desta exportação de talentos.

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