O diário francês L’Équipe
anuncia hoje o despedimento do treinador da equipa de futebol da Association
Sportive de Monaco Football Club, conhecida simplesmente como Mónaco. Esse treinador era o português
Leonardo Jardim.
Jardim tem um palmarés futebolístico notável pois já foi
campeão na Grécia e em França, mas a escassez de vitórias no clube monegasco
ditaram o seu despedimento. No turbulento mundo do futebol os diversos
interesses em presença, incluindo os adeptos, os patrocinadores, os
investidores e muitos outros agentes que se movem nesse circo, exigem vitórias às
suas equipas e quando elas não acontecem os treinadores são despedidos, embora quase
sempre com chorudas indemnizações. Curiosamente, embora de sinal contrário, também
um jornal brasileiro anuncia hoje a contratação do treinador português Jesualdo
Ferreira, o que mostra que a vida dos treinadores de futebol é um corrupio de
instabilidade entre contratações e despedimentos, ou entre entradas e
saídas.
Porém, estes dois casos recordam-nos que os treinadores de
futebol portugueses estão na moda e são contratados um pouco por todo o mundo.
Tanto quanto julgo saber há treinadores portugueses em França, na Inglaterra,
na Itália, na Grécia, na Eslováquia, na Lituânia e na Ucrânia, mas também no
Brasil, no México e na Colômbia. Depois,
também encontramos treinadores de futebol portugueses na China e na Coreia do
Sul, na Arábia Saudita e no Qatar e, ainda, em Moçambique, Cabo Verde, Camarões
e Argélia. Portanto, há pelo menos 18 países onde trabalham treinadores de
futebol portugueses de primeiro plano.
É claro que Portugal goza hoje de uma mais notoriedade e
melhor imagem nos países onde estes treinadores trabalham e, naturalmente, também
se espera que a economia portuguesa tire algum proveito da eventual importação
de capitais, como contrapartida desta exportação de talentos.
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