A invasão russa da
Ucrânia prossegue e apesar de nos chegarem muitas notícias provenientes do
território ucraniano, pouco sabemos sobre o que de facto está a acontecer e
sobre os propósitos das tropas invasoras. Vemos a inesperada e corajosa
intervenção do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, vemos algumas imagens
pouco esclarecedoras de operações militares, mas não temos visto soldados, nem
colunas militares, nem ataques aéreos. Ambas as partes estão a utilizar a desinformação
e a contrainformação em larga escala, como é habitual nestes casos, para
estimular os seus combatentes e para suscitar a compreensão ou o apoio
internacionais.
A população das
cidades parece estar a abandoná-las e a procurar refúgio e segurança nos países
vizinhos. Há notícia de operações em várias regiões do país mas, aparentemente,
o objectivo russo é dominar a cidade de Kiev, a capital da Ucrânia e forçar a
rendição do presidente Zelensky, havendo muitos jornais internacionais que, tal
como o diário Público, publicam exactamente a mesma fotografia em que vêm soldados
ucranianos a tomar posição para resistir às tropas russas.
Entretanto, a
diplomacia poderá já estar a trabalhar para conseguir um cessar-fogo que
permita reencontrar a paz. É a melhor notícia que nos pode chegar da Ucrânia,
mas os negociadores terão de utilizar a inteligência e a sensatez, mas também
os conhecimentos da História e saber que a negociação é uma arte e não um jogo
de teimosos.
Há vários países
europeus que, nas disputas Leste-Oeste, optaram por um estatuto de
neutralidade. É o caso da Suíça, da Áustria, da Finlândia e da Suécia. Talvez
esses exemplos sirvam para inspirar os diplomatas russos e ucranianos.
Esperemos que a diplomacia tenha sucesso ... precisamos muito!!!
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