Nas suas edições
de hoje, diversos jornais franceses e espanhóis destacam em primeira página a
vaga de calor que está a afectar estes países do sudoeste da Europa, com
temperaturas da ordem dos 40 graus. Esta vaga de calor é a maior que a Europa
enfrenta nos últimos vinte anos e, no caso de Espanha e da França, esperam-se
recordes históricos com temperaturas bem acima dos 40 graus.
Nos jornais
espanhóis há títulos como “la peor ola de calor en décadas”, ou “trabajar a 40
grados” ou, ainda, “a 43 grados el sábado”, enquanto nos jornais franceses se
podem ler títulos como “qu’il va faire chaud!”, ou “chaleur: attention à la
vague” ou, também, “toujours plus chaud, toujours plus tôt”.
Na sua edição de
hoje o jornal La Dépêche de Toulouse destaca que “o pior está para vir” e
refere que aumentam a seca com todos os seus efeitos e os riscos de incêndios
florestais, mas também salienta as medidas que devem ser tomadas pelas
autoridades e por cada pessoa para melhor suportar esta situação.
Hoje já ninguém
duvida que as alterações climáticas estão a ameaçar o nosso planeta e a “testar
os limites da capacidade de sobrevivência humana”. As notícias do sudoeste da
Europa juntam-se a outras de igual natureza, como por exemplo as que chegaram
da Índia e do Paquistão, onde no passado mês de Maio foram enfrentadas ondas de
calor recorde desde que há registos. Da mesma forma, também a Austrália atingiu
em Janeiro deste ano a maior temperatura da história do país e do hemisfério
sul.
Estas notícias
são realmente alarmantes, pois mostram como as alterações climáticas continuam
por atenuar ou regredir, o que significa que o Acordo de Paris de 2015 que
visava a redução da emissão de gases que intensificam o efeito de estufa originado
por algumas actividades humanas a fim de conter o aquecimento global, não estão
a produzir resultados, como mostram as ondas de calor mais recentes um pouco
por todo o mundo.
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