Depois de uma
viagem no espaço de mais de um milhão de quilómetros, o Telescópio Espacial
James Webb (James Webb Space Telescope
ou JWST) captou o seu primeiro
conjunto de imagens coloridas do universo, que ontem foram difundidas numa
sessão especial presidida por Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos. A
comunidade científica mundial e, em especial, o mundo dos astrónomos, entrou em
euforia por poder conhecer galáxias que eram desconhecidas, que povoam a
imensidão cósmica. A imprensa mundial publicou algumas dessas fotografias e
dedicou grandes espaços ao acontecimento, destacando-se o título escolhido pelo
jornal USA Today: “new era of astronomy”.
O Telescópio
Espacial James Webb foi lançado no dia 25 de Dezembro de 2021 a partir do
Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, sendo o mais poderoso telescópio
que alguma vez partiu da Terra. Foi imaginado há várias décadas e foi
desenvolvido em parceria entre a National Aeronautics and Space Administration
(NASA), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadiana (CSA),
tendo custado cerca de dez mil milhões de dólares. O seu principal objectivo é
substituir o Telescópio Espacial Hubble que funcionava desde 1990 e a sua
missão é pesquisar, estudar e compreender o espaço cósmico. Em 2002 foi
decidido baptizá-lo em honra de James Edwin Webb, um antigo administrador da
NASA.
Segundo foi
divulgado, o telescópio James Webb vai produzir imagens cada vez mais profundas
do cosmos, “extraindo segredos da escuridão e revelando realidades que os
homens nunca viram ou sequer imaginaram”, o que também vai melhorar o nosso
conhecimento do nosso universo, do nosso sistema solar e talvez da própria
vida. Demasiado complexo e enigmático para os comuns mortais.
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