O povo
palestiniano está a ser vítima de uma agressão cruel, violenta e desumana por
parte das forças extremistas de Benjamin Netanyahu, perante a objectiva
cumplicidade dos seus mais poderosos aliados que continuam a fornecer-lhe
armamento. Nada, nem ninguém, parece poder travar a ânsia vingativa de
Netanyahu.
Porém, nos
últimos dias, manifestou-se um movimento de solidariedade para com os
palestinianos, cuja expressão mais visível tem acontecido nas universidades
americanas, desde Harvard a Los Angeles. Há registo em várias universidades
americanas de protestos pró-Palestina e pelo fim da guerra em Gaza, o que já
levou o presidente Joe Biden a pedir aos manifestantes moderação e o cumprimento da lei, ao mesmo tempo que se verificava a intervenção policial.
Anunciam-se confrontos e mais de duas mil detenções. Os protestos já “atravessaram” o Atlântico e disseminaram-se por várias universidades do Reino
Unido, onde os estudantes reclamam o fim da guerra e manifestam a sua
solidariedade para com o povo da Palestina. Também em França, conforme
documenta a edição de hoje do jornal Le Télégramme, que se publica em
Brest, são cada vez mais as universidades que manifestam o seu apoio solidário
ao povo palestiniano. A lição a tirar destas manifestações é que há muita gente
a querer a paz e que estão cada vez mais isolados os que querem a guerra ou, ainda, que os líderes cedem a interesses sectoriais e não respeitam a vontade dos cidadãos.
Lamentavelmente,
há comentadores televisivos entre nós que ainda defendem que a proposta israelita
de cessar-fogo “é generosa”, manifestando uma chocante indiferença perante a
destruição e a morte que as hostes de Netanyahu têm causado na Faixa de Gaza.
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