O nosso Chefe do Estado
inicia hoje uma visita oficial de três dias à Suécia e, segundo relata o jornal
Público, “o primeiro encontro com o
rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Sílvia acontecerá nas cavalariças reais, de
onde o chefe de Estado português partirá de coche em cortejo para o Palácio
Real, onde se irá realizar a cerimónia oficial de boas-vindas, seguida de um
encontro privado entre Cavaco Silva e o rei da Suécia”. Outros jornais referem
que a viagem se destina “a atrair
investimento e parcerias”, ou “a exportar vinho e
têxteis” ou, ainda, “a vender Portugal na Suécia”, não sendo referidos os
banquetes, os discursos e as trocas de comendas. Como habitualmente, a comitiva
presidencial é alargada, quase a lembrar uma excursão turística, embora as
lições do passado que estão estudadas e são conhecidas não sejam levadas em
conta, isto é, este modelo de visitas oficiais são caras e deveriam ser
repensadas porque não produzem quaisquer resultados.
Ora, a propósito desta visita, o Chefe do Estado deu uma
entrevista a um jornal sueco que o Diário de Notícias hoje reproduz, na
qual declara que “Portugal já saiu da recessão e apresenta o maior crescimento
da Europa”. Depois, o venerando Chefe do Estado utiliza a sua tese do bom aluno
para afirmar que o “povo português tem
mostrado um grande sentido de responsabilidade”, pelo que não vê “razão lógica
para as obrigações do Estado português atingirem taxas de juro de 7%”. Acrescenta,
ainda, que “finalmente começamos a ver uma luz ao fundo do túnel” e que não se
compreende a razão porque “os mercados não nos premeiam com taxas de juro mais
baixas”. Isto é que é um professor de Economia!
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