O rei Juan Carlos
I de Espanha decidiu abdicar do seu trono porque “uma nova geração reclama com
justa causa o papel de protagonista”, quando o país atravessa uma situação de profunda crise
económica que tem deixado graves cicatrizes no tecido
social. Independentemente da diversidade dos ideais de cada espanhol, o facto é que Juan
Carlos parece ter sabido conviver com o franquismo sem se deixar dominar por ele e que, depois da morte de Franco,
assegurou a estabilidade e a unidade nacionais durante 39 anos, apesar de nunca
ter estado imune a muitas críticas. Na sua declaração televisiva aos espanhóis,
o Rei disse acreditar que o seu filho Felipe, de 46 anos de idade, está
preparado para assegurar a estabilidade e a defesa da monarquia e da democracia
espanholas.
Nestas circunstâncias, ainda durante o corrente mês de Junho, Felipe Juan Pablo Alfonso de Todos los Santos de Borbón y Grecia poderá tornar-se Felipe VI, enquanto a sua mulher Letízia Ortiz Rocasolano, uma antiga jornalista de Oviedo, que já tem direito aos títulos de Princesa das Astúrias, de Girona e de Viana, Duquesa de Montblanc, Condessa de Cervera e Senhora de Balaguer, será a Rainha de Espanha.
Nestas circunstâncias, ainda durante o corrente mês de Junho, Felipe Juan Pablo Alfonso de Todos los Santos de Borbón y Grecia poderá tornar-se Felipe VI, enquanto a sua mulher Letízia Ortiz Rocasolano, uma antiga jornalista de Oviedo, que já tem direito aos títulos de Princesa das Astúrias, de Girona e de Viana, Duquesa de Montblanc, Condessa de Cervera e Senhora de Balaguer, será a Rainha de Espanha.
Todos os jornais espanhóis, mas também muitos jornais
internacionais, destacaram hoje esta notícia mas, provavelmente, poucos foram
tão explícitos como o ara, um jornal
de Barcelona nascido em 2010 e que é o jornal de maior audiência, escrito
exclusivamente em catalão. De facto, quando a generalidade da imprensa espanhola
presta homenagens ao rei Juan Carlos I ou elogia as capacidades do futuro rei Felipe
VI, o ara destaca o processo da
Catalunha e o grito popular republicano, como os grandes desafios que esperam o
novo Rei e a própria Espanha. Desafios complexos, mas inadiáveis. Naturalmente,
a transição régia vai gerar movimentações políticas e sociais em Espanha e, sem
qualquer dúvida, todos estes desenvolvimentos serão acompanhados com muito
interesse em Portugal.
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