A edição de hoje
do International
New York Times destaca com texto e imagem na sua primeira página, a
guerra que se desenrola na cidade síria de Kobani e informa que aquela batalha
“é um teste para todos os lados”, isto é, para as unidades de protecção popular
curdas (YPG), para as forças do Estado Islâmico (Islamic State of Iraq and Syria ou ISIS) e, também, para as forças
internacionais.
A ofensiva do
ISIS sobre Kobani iniciou-se em 16 de Setembro e tem sido caracterizada pela
sua extrema violência. A cidade foi praticamente abandonada pelos seus 60 mil
habitantes que se refugiaram na Turquia, enquanto os combatentes curdos que são
apoiados pela aviação americana ocupam uma parte da cidade e os jihadistas do
ISIS ocupam a outra parte.
As notícias sobre
os avanços e os recuos das duas partes em confronto são contraditórias e a
batalha por Kobani tornou-se emblemática para todos. Para os curdos, a defesa
da cidade é apoiada e incentivada pela sua diáspora e representa a afirmação do
ideal de independência e um passo necessário para a criação do Estado do Curdistão. Para o ISIS,
a batalha por Kobani é um teste para a sua imagem de invencibilidade e um
instrumento para o reforço das suas hostes, pelo que o seu líder tratou de
mandar o seu melhor comandante e “ministro da defesa” para coordenar o assalto
à cidade. Para além disso, esta batalha também é um teste para a coligação
internacional formada para travar a ameaça islâmica, baseada numa estratégia que
combina o poder aéreo americano com a acção das forças locais no terreno e, segundo
refere o jornal, os Estados Unidos e os seus aliados lançaram mais bombas sobre
Kobani do que sobre qualquer outro local da Síria.
Porém, a edição
do International
New York Times tem outro destaque na primeira página. Trata-se de uma
notícia sobre um vídeo de propaganda do ISIS com 7 minutos de duração, que foi
divulgado em França, no qual se apela aos muçulmanos franceses para fazerem a "guerra santa" e para se juntarem à jihad.
Entre outros, as autoridades francesas conseguiram identificar um dos
jihadistas: Michael dos Santos, um jovem de 22 anos de idade, nascido nos
arredores de Paris que é filho de pais portugueses.
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