segunda-feira, 22 de julho de 2019

Os incêndios florestais estão de volta

Na sua edição de Badajoz, o jornal Hoy publica hoje na sua primeira página uma fotografia a seis colunas dos incêndios florestais que estão a afectar a região centro de Portugal, com a legenda “los incendios de Portugal llenan de humo Extremadura”. Acontece que o fumo derivado desses grandes incêndios que estão a acontecer nas florestas portuguesas em conjugação com as condições atmosféricas locais, deram origem a um “nuvem” que cobriu uma boa parte da Extremadura espanhola e afectou algumas localidades, como as cidades de Badajoz, Cáceres e Mérida.
Depois dos catastróficos incêndios de 2017 e das inúmeras medidas tomadas, a dimensão dos actuais incêndios é surpreendente. No entanto, o excesso de informações e de directos televisivos, bem como as repetidas declarações dos deslumbrados comandos da Protecção Civil, dos autarcas, dos bombeiros e da população, não nos ajudam a compreender o que realmente se passa, porque ora nos dizem que está quase tudo controlado, ora nos informam que há reacendimentos. Dizem-nos que há centenas de operacionais e de meios aéreos envolvidos, mas também nos dizem que os meios são insuficientes. O cidadão comum tem dificuldade em saber o que de facto se passa.
Desta vez, a luta e o aproveitamento político parecem estar ausentes dos teatros de operações e a Cristas ainda não apareceu a dar palpites. Ainda bem. Deixem trabalhar os Bombeiros. O que há a fazer agora é combater as chamas e só depois se deverão fazer balanços e comparações. Já o pequeno Marques Mendes, esse “comerciante político” como lhe chamou Carlos César, não se conteve e tratou de dizer que “há muito boa gente que está indignada com o que se está a passar, com a forma com que tudo isto uma vez mais está a acontecer. Parece que tem semelhanças com há dois anos. Parece que afinal nada mudou“. Porque é que essa criatura não espera para saber o que se passou e fala depois? Porquê essa mania deste pequenote se pôr em bicos dos pés e falar de tudo, mesmo daquilo que não sabe? 

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