Completa-se hoje
o primeiro aniversário sobre o assalto ou tentativa de assalto ao Capitólio, o
edifício que em Washington aloja o Congresso, que é constituído pelo Congresso
e pela Câmara dos Representantes. É, por isso, o centro legislativo dos Estados
Unidos da América e o centro da democracia americana.
Na eleição de 3
de Novembro de 2020, a 59ª eleição presidencial da história dos Estados Unidos,
o senador Joe Biden que fora o vice-presidente de Barack Obama nos seus dois
mandatos, derrotou o presidente em exercício Donald Trump que, dessa forma, não
conseguiu ser reeleito. Na votação, Biden obteve 51,3% dos votos populares e
recolheu 306 votos no Colégio Eleitoral, enquanto Trump conseguiu apenas 46,9%
dos votos populares e 232 votos no Colégio Eleitoral. Donald Trump não aceitou
a derrota e alegou ter havido fraude, avançando com dezenas de acções judiciais
e exigindo a recontagem de votos nos estados em que fora derrotado.
Recusando-se a aceitar a vitória de Biden, tratou de convocar uma grande manifestação
dos seus seguidores para o dia 6 de Janeiro para protestar contra o resultado
eleitoral, em frente do Capitólio, onde o Congresso se iria reunir nesse dia
para ratificar a vitória de Joe Biden. Os manifestantes estiveram antes num
comício onde ouviram “discursos de guerra” e foram incitados a avançar para o
Capitólio, que invadiram no sentido de aterrorizar os seus ocupantes e forçar o
vice-presidente Mike Pence e os congressistas a rejeitar a vitória de Biden. A
invasão do Capitólio que visava impedir a certificação dos resultados
eleitorais durou várias horas e provocou cinco mortos e grandes destruições.
Joe Biden
classificou este episódio como uma insurreição mas, no dia 20 de Janeiro de
2021, foi empossado como o 46º presidente dos Estados Unidos.
Um ano depois dos
acontecimentos de 6 de Janeiro de 2021, o jornal Houston Chronicle é
apenas um dos jornais americanos que nas suas edições de hoje recorda esse dia negro da
história da democracia americana e reclama o julgamento dos seus responsáveis,
incluindo Donald Trump que foi o seu inspirador e também o seu mandante.
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