O
jornal Morgenavisen Jyllands-Posten é o jornal de maior
tiragem na Dinamarca, publica-se na cidade de Aarhus e circula desde 1871. Na
sua edição de hoje o jornal dá um grande destaque ao cruzador Moskva, o navio-almirante da frota russa
do mar Negro que era um símbolo do poder naval da Rússia e que foi afundado há
duas semanas. A ilustração que o jornal hoje publica é acompanhada pela legenda
“Flagskibet
der endte pá bunden af Sortehavet” que, com a ajuda do Google, traduzimos como
“o navio-chefe que acabou no fundo do mar Negro”. No meio de tantas notícias
que mostram o agravamento da guerra, ao tratar este assunto duas semanas depois
de ter ocorrido, o jornal destaca aquela que poderá ter sido a derrota militar mais
humilhante que o regime de Putin sofreu até agora.
Entretanto, a
situação parece agravar-se no terreno, como mostra o pedido que Joe Biden fez
ao Congresso para autorizar uma ajuda suplementar à Ucrânia de 33 mil milhões
de dólares, ou o crescente envolvimento da NATO com o fornecimento de material
de guerra ou, ainda, o destacamento de soldados para as fronteiras do leste da
Europa.
Por outro lado,
as diligências feitas pelo secretário-geral das Nações Unidas em Moscovo e Kiev
para se caminhar para a paz, parecem ter muito pouco apoio, como se verifica na
residual cobertura mediática que a sua deslocação teve, designadamente nos
Estados Unidos e no Reino Unido. Parece, assim, que tinha razão o ministro turco dos Negócios Estrangeiros quando afirmou que alguns
países-membros da NATO pretendem que a guerra na Ucrânia perdure, de modo
causar a erosão das capacidades e o enfraquecimento da Rússia, pois a situação
na Ucrânia pouco lhes importa. Isto, diz a Turquia, que é membro da NATO e que
tanto se tem esforçado para conseguir a paz.
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