sexta-feira, 29 de abril de 2022

A mais dura e humilhante derrota de Putin

O jornal Morgenavisen Jyllands-Posten é o jornal de maior tiragem na Dinamarca, publica-se na cidade de Aarhus e circula desde 1871. Na sua edição de hoje o jornal dá um grande destaque ao cruzador Moskva, o navio-almirante da frota russa do mar Negro que era um símbolo do poder naval da Rússia e que foi afundado há duas semanas. A ilustração que o jornal hoje publica é acompanhada pela legenda “Flagskibet der endte pá bunden af Sortehavet” que, com a ajuda do Google, traduzimos como “o navio-chefe que acabou no fundo do mar Negro”. No meio de tantas notícias que mostram o agravamento da guerra, ao tratar este assunto duas semanas depois de ter ocorrido, o jornal destaca aquela que poderá ter sido a derrota militar mais humilhante que o regime de Putin sofreu até agora.
Entretanto, a situação parece agravar-se no terreno, como mostra o pedido que Joe Biden fez ao Congresso para autorizar uma ajuda suplementar à Ucrânia de 33 mil milhões de dólares, ou o crescente envolvimento da NATO com o fornecimento de material de guerra ou, ainda, o destacamento de soldados para as fronteiras do leste da Europa.
Por outro lado, as diligências feitas pelo secretário-geral das Nações Unidas em Moscovo e Kiev para se caminhar para a paz, parecem ter muito pouco apoio, como se verifica na residual cobertura mediática que a sua deslocação teve, designadamente nos Estados Unidos e no Reino Unido. Parece, assim, que tinha razão o ministro turco dos Negócios Estrangeiros quando afirmou que alguns países-membros da NATO pretendem que a guerra na Ucrânia perdure, de modo causar a erosão das capacidades e o enfraquecimento da Rússia, pois a situação na Ucrânia pouco lhes importa. Isto, diz a Turquia, que é membro da NATO e que tanto se tem esforçado para conseguir a paz.

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