Na noite passada
entramos no novo ano de 2023 e, apesar de haver alguns grandes acontecimentos a
justificar as manchetes da imprensa internacional, vários jornais destacaram
hoje a entrada do novo ano como tema de primeira página. Um desses jornais é o
diário La Croix, um jornal francês politicamente independente mas que
reflecte as posições da Igreja Católica.
Na sua edição de
hoje, em vez de fazer o habitual balanço do ano que findou, o jornal decidiu
interrogar diversos especialistas e fazer uma análise prospectiva sobre “o que
o mundo nos reserva em 2023” nos domínios da economia, da defesa, da energia,
da saúde ou do ambiente. Das análises recolhidas pelo jornal resultou a selecção
de algumas das grandes questões mundiais que preocupam toda a gente, que o
jornal refere na sua primeira página, designadamente a guerra na Ucrânia, a
ultrapassagem da China pela India, a crise energética global, a persistente
onda inflacionária e a preservação da floresta amazónica. Curiosamente, nas
questões seleccionadas não estão referidas pelos especialistas, nem a tensão no
estreito de Taiwan, nem as rivalidades Israel-Irão-Arábia Saudita, nem as
alterações climáticas e os seus efeitos, nem a pobreza extrema que afecta áreas
importantes do mundo.
O novo ano de 2023
surge num quadro de muitos desafios internos e internacionais, cheios de
incerteza e de alguma tensão. Naturalmente que aqui se deseja o fim da guerra
na Ucrânia e a paz no mundo, o sucesso no combate à inflação e â crise
energética e, numa outra perspectiva, que o mundo se preocupe com a pobreza, a
fome e a desigualdade, isto é, que todos procuremos um mundo melhor.
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