Volodymyr Zelensky
acaba de concretizar uma notável vitória política ao realizar um périplo
europeu em que visitou o Papa Francisco e os principais líderes europeus, mas em
que também recebeu o prestigiado Prémio Internacional Carlos Magno, na cidade
alemã de Aachen.
Esse périplo começou
em Roma com Giorgia Meloni, continuou em Berlim com Olaf Scholz, prosseguiu em
Paris com Emmanuel Macron e terminou em Chequers, na residência de campo do
primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. Nunca houvera uma ofensiva diplomática
ucraniana tão expressiva como esta e a imprensa deu-lhe a devida cobertura,
sobretudo no Reino Unido, onde a fotografia do abraço entre Sunak e Zelensky
apareceu em todos os jornais de referência.
De acordo com as
declarações que foram conhecidas, Zelensky pediu mais apoio em armamento e recebeu
a confirmação da solidariedade dos líderes europeus, bem como a promessa de mais
fornecimentos de armas e, eventualmente, de aviões de combate. A Alemanha já
tinha anunciado uma ajuda militar de 2,7 mil milhões de euros, a França
prometeu fornecer tanques AMX-10RC e o Reino Unido avançou com o fornecimento
de centenas de drones de ataque. Porém, pouco se sabe quanto ao eventual fornecimento
de aviões de ataque que terá sido o principal pedido de Zelensky. Segundo o
jornal The Guardian foram manifestadas em Londres algumas preocupações
pelo fornecimento de “equipamentos militares cada vez mais letais”, tendo sido dito
que em vez de "escalar o conflito fornecendo armas cada vez mais letais, o
Reino Unido deveria estar pedindo negociações para acabar com a guerra".
Não se sabe tudo o
que foi discutido nos diversos encontros de Zelensky com os líderes europeus mas,
para além dos abraços de solidariedade e da promessa de continuação do apoio
militar, certamente, também se falou sobre a forma de acabar com a guerra,
conforme muita gente vai pedindo.
E já não era sem tempo, mas o difícil é o saber como.
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