domingo, 26 de janeiro de 2014

O cavaquinho até já tem um museu

Há menos de 6 meses e por iniciativa do músico Júlio Pereira, foi constituída em Lisboa uma associação denominada Associação Cultural e Museu Cavaquinho com o objectivo de documentar, preservar e promover a história e a prática do cavaquinho, ao mesmo tempo que em declarações públicas, o músico classificou o ano de 2014 como “o ano do cavaquinho”.
Não imaginei que houvesse algum interesse cultural na promoção da história do cavaquinho, nem que se justificasse a escolha do ano de 2014 como o ano do cavaquinho porque, por ignorância minha, julgava-o um instrumento menor e sem qualquer relevância cultural, para além pensar que tinha origem algarvia, quando afinal é de origem minhota.
Porém, eu estava enganado e o cavaquinho da notícia não é o que eu pensava. Fiz confusão. O cavaquinho é um instrumento musical tetracórdio – também chamado braguinha, braga, machete, machetinho ou machete-de-braga - que foi adoptado pela cultura popular portuguesa, mas que foi levado para várias regiões do mundo, sendo actualmente conhecidos mais de uma centena de modelos diferentes, por exemplo em Cabo Verde, no Brasil, nas ilhas Hawai e até na Indonésia.
O músico Júlio Pereira tem sido o grande divulgador do cavaquinho em Portugal, tendo editado em 1981 o seu primeiro álbum inteiramente dedicado ao instrumento e acaba de editar um livro/CD sobre o mesmo cavaquinho. A sua iniciativa de criar uma associação internacional e um museu é, portanto, muito meritória.
 

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